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Machu Picchu: a Cidade Perdida se perdeu

Machu Picchu: a Cidade Perdida se perdeu
Por Luciano Martins e Walter Perfeito Jr.
Curadores da PERFECTRIP

A cidadela de Machu Picchu foi descoberta pelo explorador norte-americano Hiram Bingham, em 1911. Tombada como Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade pela Unesco, é eleita uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Ainda assim, em nossa última viagem ao destino, nós constatamos o inevitável – mas que deveria ser o improvável: o local vem sofrendo gradativamente em consequência do turismo desenfreado da última década.

Segundo o site oficial de turismo do país, é autorizada a entrada diária de até 2.500 pessoas. Imagine a nossa surpresa quando, ao chegarmos lá, nos deparamos com cerca de oito mil visitantes!

Outra pena foi perceber que os turistas não viajam até lá para apreciar ou sentir a energia tão singular do local. Ao invés disso, se empilham pelas construções apenas com o intuito de tirar a melhor foto e levar de recordação o que conseguem captar nas lentes de suas câmeras, ao invés dos momentos vividos nesse ícone da mística cultura inca.

Além disso – para não piorar a experiência de estar em um sítio sagrado invadido por milhares de pessoas preocupadas apenas com selfies –, reze para não esbarrar em um guia turístico mal preparado que vai acabar com todos os seus sonhos sobre Machu Picchu, deixando a impressão de que tudo não passa de reconstruções feitas pelo governo atual.

Wayna Picchu

Mas nem tudo é tristeza na Cidade Perdida. Uma atração bastante visitada de lá é a aventurosa montanha de Wayna Picchu, que mantém o controle rigoroso de entrada para 400 pessoas por dia e oferece uma vista linda para todo o complexo, porém só indicamos para aqueles que gostam de adrenalina, pois a trilha passa por escadarias estreitas à beira de penhascos e não oferece equipamentos de segurança. A periculosidade é tanta que quem escolhe subi-la precisa assinar um termo de responsabilidade em caso de acidentes e reservar seu ingresso com pelo menos 30 dias de antecedência.

No entanto, se você está realmente certo da sua ida, a viagem é válida sim, mas não se esqueça de sempre prezar pelo conforto em locais como esse para que seus dias sejam um pouco mais agradáveis. E, se nos permite opinar, procure fugir das toneladas de turistas, encontre o seu lugar isolado no parque e sinta toda a energia e beleza do que é realmente Machu Picchu.

Como chegar à Cidade Inca

A cerca de 112 quilômetros da cidade de Cusco, para chegar ao topo de Machu Picchu é necessário ir até a pequena vila de Águas Calientes, situada aos pés da Velha Montanha – tradução do quéchua –, de onde saem ônibus diários até o santuário. No entanto, a única rota dos milhares de turistas que desembarcam na cidade e não optam por nenhuma das trilhas do Caminho Inca implica em uma viagem de trem até o local.

Existem apenas duas empresas que fazem esse percurso, mas a Peru Rail oferece uma experiência exclusiva com assinatura do grupo Belmond com diversas facilidades para apreciar as paisagens espetaculares da região.

Hospedagem em Machu Picchu

Por fim, caso você esteja determinado a visitar esse lugar tão lindo, esteja preparado para suportar todas as dificuldades colocadas acima e a nossa única sugestão de hospedagem é o Belmond Sanctuary Lodge.

Como um oásis em meio à grande confusão do Vale Sagrado, esse hotel de 31 quartos está situado no alto da montanha, a exatamente 30 metros da entrada do parque, e preserva o cuidado de oferecer aos hóspedes o melhor da gastronomia peruana e um atendimento de excelência.

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